sábado, 31 de março de 2007

We will rock you!

(London, 29/03/2007 – 23h40) We will rock you - o musical foi o momento mais emocionante da viagem até agora! Nem tanto pela história que é contada, que é bem simples e se passa numa época futura, na qual as pessoas são proibidas de tocar qualquer instrumento musical. Mas sim pela trilha sonora espetacular do Queen. O som do teatro é ótimo, e você se sente como se estivesse em um show de verdade. É de arrepiar quando eles tocam We will rock you, We are the champion e Bohemian rapsody. Pura emoção! A platéia vibra a cada música.

Era proibido tirar fotos dentro do teatro. Fiquei tentado a desobedecer, mas no fim desisti, e me contentei com uma imagem da porta do teatro. O Queen é a banda de rock internacional que eu mais gosto. Principalmente das músicas que eles gravaram nos anos 70 e no inicio dos 80. Aliás, uma das coisas que eu mais me arrependo foi ter deixado de assisti-los no Brasil, acho que em 1982, quando eles estavam no auge do sucesso. De alguma forma, hoje me redimi desta falha.

Para chegar ao teatro fiz outra longa caminhada, saindo da escola que fica entre South Kensington e Earl’s Court, passando por Chelsea, Belgravia, Pimlico, até chegar a Westminster, pela margem do Tamisa. Pela primeira vez consegui usar camiseta ao ar livre! Concordo que a imagem do Big Ben já está meio batida, mas a luz do final da tarde e o céu azul deixam tudo mais bonito. Caminho mais um pouco, atravesso Trafalgar Square e chego a Piccadilly Circus. Esta parte do percurso é lotada de turistas. Ainda tenho tempo para comer alguma coisa antes do musical.

Numa das aulas dessa semana tive uma conversa bem interessante com uma coreana. Falávamos sobre relacionamento, e eu perguntei como as coisas funcionavam no país dela. A minha expectativa era de que ela falasse de uma sociedade machista, onde a mulher não tivesse muitas escolhas. Mas muito pelo contrário! Ela fez engenharia, estudou japonês e foi trabalhar no Japão há 2 anos. Conheceu o atual namorado dela no trabalho, ele com 35, ela com 33. Embora a relação seja saudável, ela provoca algumas situações para evitar que a relação fique monótona. Isso significa, por exemplo, brigar por alguma coisa mesmo que não haja nenhuma razão aparente. Não satisfeita, e com o objetivo de testar se o rapaz realmente gosta dela, decidiu estudar inglês em Londres durante 6 meses. O resultado final deve acontecer em 1 mês, quando ele vem visitá-la, e ela espera, pedi-la em casamento. Nas palavras dela, para um relacionamento dar certo e ser duradouro é necessário pensar estrategicamente.

Hoje fui ao Museu de História Natural, que fica há duas quadras da escola. Assim como diversos outros em Londres, a entrada é gratuita. O museu é bonito por fora e por dentro. Há varias exposições, e eu fiquei particularmente interessado pelos dinossauros. Há algumas réplicas que se movimentam e fazem ruídos. As crianças adoram. Ops!

Da última vez eu falei bem do uso do cartão de crédito na Inglaterra. Porém, ele não é aceito no KFC e no Burger King. Também não consegui usar em um bar de rock. Desta vez, vantagem para os meus colegas brasileiros.

Desde terça-feira não consigo usar a internet via wireless aqui do meu quarto. Agora somente na escola e no Starbucks, e mesmo assim, antes das 20h. Isso faz com que eu fique quase meio dia defasado em relação a vocês, pois 20h aqui são 16h no Brasil.

A noite fui ao Notting Hill Arts Club, um bar de rock aqui perto do flat. Fica num subterrâneo, não é turístico e é freqüentado pelas pessoas que moram nas redondezas. As paredes parecem estar pichadas com histórias em quadrinhos, mas o efeito é obtido por meio de vários projetores espalhados pela casa. Interessante! Tudo começa muito cedo, por voltas das 8 da noite. Vi duas bandas, que tocaram músicas próprias. Gostei, mas duvido que venham a fazer sucesso. A cerveja mais barata era a Cintra, brasileira, R$ 9,00 cada........

Pode não ser importante para vocês, mas a última emoção do dia foi lavar as roupas. Quem me conhece sabe que eu não tenho nenhum jeito para fazer estas coisas. Porém, durante a viagem não tenho outra alternativa de baixo custo (Solange, cadê você?). Aqui no flat tem uma maquina de lavar e uma de secar. Você compra a ficha por £ 3 e deixa as máquinas fazerem o resto......... não foi nenhum sofrimento!


E antes que eu me esqueça, quando escrever um comentário no blog, por favor, inclua o seu email. Obrigado!

segunda-feira, 26 de março de 2007

Canterbury

(Canterbury, 24/03/2007 – 22h30) Hoje o céu está muito nublado. Resolvi não fotografar a catedral, tentarei amanhã pela manhã. A cidade de Canterbury está bem movimentada. É um dos principais pontos turísticos da Inglaterra por causa da antiga catedral, com quase 900 anos. Aproveitei para fazer algumas fotos em preto e branco.


A chuva, ou melhor, uma garoa fina, cai quase que ininterruptamente. As pessoas parecem não se incomodar. O mais impressionante são as mães que andam com as crianças e nenéns pelas ruas como se estivessem em um shopping center. Duvido que a minha irmã levasse o João Pedro, com poucos meses de idade, para passear nesse tempo. Mas para os europeus isso é normal. Aproveitei para tomar uma sopa de tomate, deliciosa!

Já estou bem mais a vontade para falar inglês. Consigo entender melhor o que as pessoas falam, e faço perguntas um pouco mais elaboradas. De uma forma geral, as pessoas no interior da Inglaterra são muito amáveis. Encontrei uma filial do Prezzo aqui também, e não tive dúvidas sobre onde seria o meu jantar. Falo que sou brasileiro para a garçonete, inglesa, e ela responde um “obrigada“ cheio de sotaque.

Umas das coisas que eu não gosto na Inglaterra é que os lugares fecham depois das 19 horas. No máximo ficam até 20 horas. Depois disso você só encontra abertos restaurantes, pubs e as danceterias. Não achei até agora nenhum café 24 horas, mesmo em Londres.


São 8 horas da noite. Volto para o hotel, bem simples, que fica no centro da cidade ao lado da catedral. Somente é possível visitá-la durante o dia. Vejo que ela está iluminada, e que algumas pessoas bem vestidas estão entrando pelo portão. Com a máquina na mochila entro no meio destas pessoas e consigo passar pelo segurança. Tiro várias fotos externas e percebo que dentro tem um coral se apresentando. Tento entrar na igreja, mas sem o ingresso sou barrado. Pedi e consegui tirar uma única foto do coral.

No hotel pergunto se há algum ponto no qual eu possa fotografar a catedral. A recepcionista me leva até o ultimo piso, e me indica uma janela com uma vista privilegiada. Ligo o notebook e começo a escrever esta postagem olhando para a imagem maravilhosa da catedral. Alguns minutos depois me trazem café com leite. Quanta gentileza! Consigo pegar o sinal da internet da Starbucks que fica ao lado, e vejo que o Palmeiras ganhou novamente. Já estamos em terceiro lugar no campeonato paulista! Será que bastou eu ficar distante para que o time jogue melhor???

O quarto do hotel é engraçado, pois está totalmente fora de nível. Se soltar uma caneta no chão ela sai rolando. Durante a noite tenho que segurar o cobertor senão ele cai......... Sei que é difícil acreditar, mas....

Por aqui estou comendo relativamente bem. Aproveito o café da manhã, que em geral é bem servido. No almoço como alguma coisa leve, e depois tenho um bom jantar. O meu organismo já se acostumou a seguir esta rotina, que é diferente da que eu levo no Brasil. O restaurante que mais gostei até agora é uma cantina italiana chamada Prezzo que você encontra aqui e em Salisbury. Acho que em Londres também tem uma filial. Adorei uma barra de cereal que eles têm por aqui chamada BrunchBar, muito melhor que o nosso Nutri.

(London, 26/03/2007 – 23h00) Valeu a pena ter esperado o domingo para fotografar a catedral. O céu amanheceu azul, e ficou assim o dia inteiro.

Para quem gosta de historia e de construções antigas como eu, Canterbury é o passeio mais interessante de todos os que eu fiz até agora. Ao redor da catedral você encontra uma vila medieval incrivelmente conservada. Gastei umas três horas para percorrer todos os caminhos.

Eu entendo quem não gosta deste tipo de passeio ou de fotografia. Estou pensando em fazer um ensaio sobre a forma como as pessoas se vestem por aqui. Vai ser meio difícil por que ninguém gosta de ser fotografado sem saber a razão, mas vou pensar numa forma de fazer isto discretamente.

Antes de sair da cidade visitei a igreja de St Martin, a mais antiga igreja em uso continuo na Inglaterra, com 1.500 anos desde a sua construção original. Ela sofreu reformas ao longo dos tempos, mas ainda assim vale a visita.

Tentei tomar a sopa de tomate novamente, mas o restaurante estava fechado. Eram 4 horas da tarde e a cidade ainda estava com muitos visitantes. É realmente difícil de entender os horários por aqui! Acabei parando em um restaurante japonês, o Wagamama, e comi macarrão com frango. Era bem gostoso, mas muuuuuuuuuito apimentado, um dos mais fortes que já comi. Quem me conhece sabe que eu tenho um tipo de reação alérgica a pimenta, e isso faz com que minha face fique molhada. Acho que nem numa sauna eu suaria tanto!

Voltei para Londres à noite e fui para o flat. Seria a minha quinta cama diferente na viagem. Ao chegar encontrei o Sebastien, francês, e o Sergio, italiano. Serão os meus companheiros de flat nas próximas 3 semanas. Eles dividem um quarto, e eu fico no aposento menor. Era aniversário do Sergio, e para comemorar tomamos uma tequila. O Sebastien trabalha na London Solution, e eu já o havia conhecido quando contratei o quarto. Eles têm 21 anos e não conseguem entender como alguém da minha idade está fazendo uma viagem como essa. De uma forma geral as pessoas que tenho conhecido na viagem têm entre 20 e 25 anos. Os europeus, principalmente, passam uma temporada longe de casa antes de entrar na universidade.

No meu quarto consigo pegar o sinal da internet. Aqui na Inglaterra tem sido muito fácil conseguir acesso, mas acredito que em outros paises as coisas não serão tão simples.

Ao invés de pegar o metrô, hoje caminhei pela cidade. Sai de Notting Hill e fui até Leicester Square, no centro de Londres. Atravessei o Hyde Park, e passei por ruas famosas como Oxford e Bond Street. Andei por Piccadilly Circus e por Trafalgar Square. Sempre gostei de romances policiais, e muitos dos livros que li falavam destes lugares e da Scotland Yard.

Hoje nas aulas conheci novos colegas. Da Alemanha, das Filipinas e da Síria. A escola parece uma filial da ONU! Gostaria de encontrar pessoas dos paises asiáticos que irei visitar. Quem sabe nas próximas semanas.

Hoje fui comer na Pizza Express, aqui em Notting Hill. Pedi o recheio mais saboroso que encontrei, com arenque, azeitona e ovo cozido. O sabor não tinha nada de especial, e a massa era muito grossa para o meu gosto.

Consegui comprar um ingresso por um bom preço, então amanhã vou assitir We will rock you!

sexta-feira, 23 de março de 2007

The book is on the table!

(London, 22/03/2007 - 21h00) Esta é a segunda vez que venho para Londres. A primeira foi há 15 anos, e confesso que não gostei tanto, me senti perdido na cidade. Afinal de contas, era a minha estréia em viagens internacionais. Não comi bem, gastei mais do que podia. Mas ela merece uma segunda chance!

Londres é uma cidade que provoca várias emoções. Logo ao chegar é possível perceber que há pessoas de todos os lugares do mundo: chineses, coreanos, indianos, suecos, franceses, russos e brasileiros, muitos brasileiros. Provavelmente em algumas regiões da cidade há menos ingleses do que pessoas de outras nacionalidades.

A forma mais fácil para um turista andar em Londres é pelo metrô. As estações estão espalhadas por toda a cidade. Você compra um cartão que funciona de forma semelhante ao bilhete único de São Paulo. Porém, diferente de Sampa, há uma diversidade de tarifas que nem sempre é fácil de entender. Comprei o passe semanal para andar a vontade pelas principais regiões e não ter que fazer muitas contas.

A caminhada entre a estação de metrô High Street Kensington e o albergue da juventude é de 1 km. A mala com rodinhas ajuda, mas uma chuva fina começa a cair. Coloco blusa, luvas, capa de chuva e sigo meu caminho. Ando uns 5 minutos e logo a chuva pára. Esta é uma característica da cidade: o clima muda o tempo todo! Faz sol, chove, neva. A neve é fina, você quase não sente, mas é um pequeno espetáculo para quem, como eu, não está acostumado.

Numa destas mudanças de clima, eu coloquei as luvas no mesmo bolso em que estavam algumas moedas e a chave do cadeado que uso para guardar minhas coisas no albergue. E ao retirar as luvas, a chave caiu e foi para uns 2 metros na minha frente. Isso não seria um problema se eu não estivesse tão perto dos trilhos do metrô. Felizmente, por poucos centímetros, a chave resolver não me dar dor de cabeça.

O albergue fica dentro do Holland Park, bem localizado e próximo de lojas e restaurantes. A foto que ilustra esta postagem é da rua que acessa o albergue. Descobri um cinema nas proximidades e fui assistir no domingo ao filme The Good German com o George Clooney (não sei se o nome dele é assim, mas como estou escrevendo sem acesso a internet não tenho como conferir). Foi mais uma oportunidade para treinar o inglês, já que aqui não tem legendas.

Com a carteira de alberguista você consegue um desconto de £ 10 para £ 6. Em reais, seria algo como de R$ 40 para R$ 24. Por estes preços dá para perceber como as coisas são caras na cidade. Aliás, isto é uma unanimidade, e não foi uma novidade para mim: Londres é uma das cidades mais caras do mundo. Para o bem do meu orçamento, espero que as outras cidades do roteiro sejam muito mais em conta do que aqui. Ontem voltei ao cinema para assistir The Blood Diamond, ótimo filme com o Leonardo di Caprio (será que acertei o nome desta vez?). Consegui entender relativamente bem os dois filmes, e isso me deixou animado com o meu inglês.

Para os meus amigos que estão ou que já saíram da Visanet: é impressionante como o cartão com chip faz parte do dia a dia da população. E as lojas, pelo menos as que eu freqüentei, todas têm o terminal preparado para isto. Vocês acreditam que em 2 lugares o caixa não sabia utilizar o meu cartão de tarja magnética? Outra facilidade é que pela internet eu pago tudo com o cartão de credito: ligações telefônicas usando o Skype, tiquetes de metrô, reservas em hotéis, mesmo os de pequeno porte, passagens de ônibus intermunicipais, etc.

Na segunda-feira fui até a escola de inglês. Fiz um teste escrito, acertei uns 70%, e passei por uma entrevista. Pedi ao professor para repetir algumas frases, uma ou outra eu respondi errado, e no final ele me colocou numa classe de upper intermediate.

O curso que me matriculei funciona da seguinte forma: quatro horas diárias de aula, sendo uma de conversação e três do que eles chamam de General English. Embora tenha como finalidade fazer com que você se expresse com correção, a dinâmica da aula faz com que a parte oral seja muito mais exigida do que a parte escrita. Era isso mesmo que eu queria!

Eu gostei muito da escola, dos professores e dos colegas de classe. A escola tem uma ótima infra-estrutura, permitindo que eu passe um bom tempo conectado à internet. O curso vai das 12h às 16h. O horário não é muito bom, mas o preço é bem menor do que se fosse pela manhã. Douglas, o professor de conversação, é da Nova Zelândia e faz com que a aula seja bem dinâmica e divertida. Mas fiquei impressionado com a professora Katie. Ela é londrina, linda (embora eu não seja tão bom para comparar fisionomias, posso me arriscar e dizer que ela me lembra a Cameron Diaz) e muito teatral ao conduzir a aula.

Meus colegas têm múltiplas nacionalidades: 7 da Suécia, 2 da Rússia, 1 da Noruega, 1 da Itália, 3 da Coréia, 1 de Camarões e mais 2 brasileiros além de mim. De uma forma geral os europeus têm a expressão oral mais desenvolvida do que a escrita. O que é bom para mim. Estou aproveitando as aulas para conversar bastante. Um ponto adicional merece ser destacado: em muitos dos exercícios você explora as diferenças culturais entre os paises, o que permite conhecer um pouco sobre como eles pensam e agem.

Aproveitei estes dias para planejar o que fazer nos próximos finais de semana. Decidi viajar neste sábado para Canterbury, mais uma cidade medieval do interior da Inglaterra. E no feriado, entre 6 e 9 de abril, vou até Barcelona. Aliás, este é um dos poucos feriados europeus deste ano, e a tendência é que todo mundo queira viajar. Consegui um vôo da Ryanair por um ótimo preço. Para quem não sabe, as companhias aéreas européias de baixo custo fazem enorme sucesso e tem um processo de vendas pela internet semelhante ao da Gol no Brasil. A principal diferença com a Gol, pelo pude perceber, é que elas operam em aeroportos secundários, que tem custos operacionais e tarifas de embarque inferiores aos dos aeroportos principais. No caso de Londres o aeroporto não é tão distante da cidade, mas em Barcelona terei um deslocamento de ônibus de pelo menos 110 km para chegar à cidade. Da mesma forma utilizei pela primeira vez os serviços da RatestoGo para reservar o hotel em Barcelona. Depois desta pequena viagem eu conto se valeu a pena ou não.

Durante a semana o albergue recebeu pelo menos 2 excursões de crianças e adolescentes, e como isto está me incomodando resolvi procurar outro lugar para ficar. Por recomendação de um sueco, colega da escola, eu consegui alugar um quarto individual em um flat que possui cozinha, lavanderia e banheiro compartilhados. O preço é praticamente o mesmo do albergue. Fica aqui uma dica: esse mesmo tipo de acomodação, se eu reservasse no Brasil, sairia quase 50% mais caro. Se você vier para se hospedar por pelo menos uma semana procure a London Solution.

Para matar a saudade, hoje falei com a minha mãe por meio do Skype. A qualidade da voz é boa, e o custo da ligação para um telefone fixo é de R$ 0,06 por minuto, além de uma tarifa por ligação de menos de R$ 0,50.

Nesta semana não tirei fotos, pois fiquei bastante tempo na escola acertando todas estas coisas. Na próxima semana começa o horário de verão, e com isso terei pelo menos 3 horas durante a tarde para fotografar a cidade. Também quero visitar alguns museus. Tenho vontade de ver algum musical por aqui. Há 15 anos assisti The Phantom of the Opera, e desta vez eu penso em assistir We will rock you, pois gosto muito do Queen.

Dicas adicionais sobre o que fazer em Londres são muito bem vindas!

quarta-feira, 21 de março de 2007

Stonehenge

(London, 20/03/2007 - 20h00) Na quinta-feira dia 16 de março fui conhecer a vida noturna de Salisbury. A cidade é pequena, com 40 mil habitantes, e os pubs e as danceterias ficam, na sua maioria, concentrados no centro histórico. Depois das 22 horas os lugares mais interessantes são os pubs dançantes, que não cobram entrada e fecham meia noite. Há uma curiosa peregrinação dos freqüentadores, que ficam trocando de bar diversas vezes. Isso não seria problema se a temperatura nas ruas não fosse tão baixa, com uma fraca garoa.

As pessoas aparentavam estar na faixa entre 18 e 25 anos, e andavam em grandes grupos. Algumas garotas usavam vestidos curtíssimos, e mesmo assim enfrentavam as ruas sem nenhum agasalho adicional. Depois de andar um pouco pelas ruas escolhi um pub mais animado e entrei. Não sei se estou desatualizado, mas achei o jeito de dançar deles um pouco desengonçado. Mas estavam se divertindo, e provavelmente eu vou ter que me acostumar com estas coisas. Como ainda não estou a vontade para falar em inglês, não fiz nenhuma abordagem, apenas tomei uma cerveja (R$ 12 cada) e fui dormir.

Dia 17 de março eu fui para Bath, há cerca de 1 hora de Salisbury. A principal atração são as ruínas de um conjunto de banhos construídos pelos romanos há mais de dois mil anos. Eles aproveitaram uma fonte de água termal, única na Inglaterra. Como é de se esperar, a principal igreja da cidade é impressionante, com mais de 500 anos desde a sua construção.

Vi uma pequena manifestação contra as usinas nucleares e contra a ocupação do Iraque. Estes são temas presentes no dia a dia da população. Pude observar também alguns pontos de treinamento para tanques de guerra (mas não vi nenhum tanque, somente a placa de sinalização).

À noite assisti ao jogo do Manchester United pela televisão (ir ao estádio é impossível, pois os ingressos para os principais jogos estão esgotados desde o início da temporada de futebol). A grande atração do virtual campeão inglês é o português Cristiano Ronaldo, que foi capa dos principais jornais no dia seguinte.

Dia 18 pela manhã eu deixei o bed & breakfast, e antes de retornar para Londres, passei pelas ruínas pré-históricas de Stonehenge, construídas há 5 mil anos. Embora eu estivesse com agasalho, luvas e um gorro, era impossível escapar do vento congelante. Fiz o percurso em menos de 20 minutos, o suficiente para tirar algumas fotos. Eu fico imaginando como deve ser difícil para um brasileiro enfrentar o inverno por aqui.

Dia 18 pela manhã eu deixei o bed & breakfast, e antes de retornar para Londres, passei pelas ruínas pré-históricas de Stonehenge, construídas há 5 mil anos. Embora eu estivesse com agasalho, luvas e um gorro, era impossível escapar do vento congelante. Fiz o percurso em menos de 20 minutos, o suficiente para tirar algumas fotos. Eu fico imaginando como deve ser difícil para um brasileiro enfrentar o inverno por aqui.

Voltei para Londres e devolvi o carro. Dirigir na Inglaterra foi uma experiência muito legal. Não é tão difícil se acostumar com a mão inglesa, e os motoristas são extremamente educados. Por exemplo, eles sempre deixam livre a faixa mais rápida para ultrapassagens. Você não vê ninguém desrespeitar uma fila de carros. E antes que eu me esqueça, valeu muito ter alugado o carro pela Autoeurope. O preço é imbatível!

Para ver mais fotos da Inglaterra clique em

sexta-feira, 16 de março de 2007

Avebury

(Salisbury, 16/03/2007 – 17h20) Hoje fui para Avebury, uma micro cidade cuja maior atração é um círculo de pedras, com 348 m de diâmetro, construído por homens pré-históricos há 4.500 anos. Hoje estou instalado em um bed & breakfast bem confortável chamado Ballantynes, em quarto individual e com TV, porém bem mais caro. É um pequeno luxo neste final de semana antes da minha temporada de um mês em albergues em Londres.

Os primeiros dias na Inglaterra

(Salisbury, 14/03/2007 – 22h00) O vôo chegou a Londres com duas horas de atraso. Isso me preocupava por um único motivo: não queria dirigir a noite! Achava que poderia ter dificuldades com o carro na mão inglesa. Além disso, como não tinha nenhuma familiaridade com as estradas da Inglaterra, o risco de me perder não era tão pequeno.

Desci do avião as 15h30 (horário local), e teria 3 horas aproximadamente para:
1. Passar pela imigração,
2. Pegar a mala,
3. Sacar dinheiro (só consegui no terceiro caixa eletrônico),
4. Encontrar a locadora (pois é, a locadora ficava na saída ao lado do desembarque, só que o sistema estava fora do ar, tinha que pegar um ônibus até o outro terminal.....),
5. Confirmar que o voucher da Auto Europe era realmente válido (mencionei no planejamento que não tinha nenhuma referência dela). E ainda ganhei um upgrade, pois o Ka que eu havia reservado não estava disponível,
6. Adaptar-me aos comandos invertidos do carro (acionar o câmbio com a mão esquerda, por exemplo),
7. Conduzir o carro por 100 km em direção ao sudoeste da Inglaterra (ok, disso eu não posso reclamar: a sinalização é perfeita, não há pedágios e você se acostuma rapidamente a seguir na mão inglesa), e finalmente,
8. Encontrar o albergue da juventude na cidade de Salisbury.

Deu tudo certo: às 18h30 eu cheguei ao albergue. Fiz a barba, tomei banho quase 24 horas depois do último e comi uma lasanha no centro da cidade. Amanhã começo a fotografar!

(Salisbury, 15/03/2007 – 21h40) Não dormi muito bem, acho que foi o efeito da mudança de fuso horário. Pela manhã caminhei pelo centro da cidade. Fazia bastante frio, cerca de 10º C. Mesmo com o sol, usava luvas e duas blusas. A cidade é bem agradável, com pouco movimento e a principal atração é a catedral, construída entre 1220 e 1258. As pessoas são muito receptivas. Uma senhora me viu fotografando e falou um pouco da cidade, sem que eu nada perguntasse.
À tarde dirigi cerca de 50 km até a cidade de Winchester, onde a grande atração também é uma catedral, construída entre 1070 e 1093. Novamente, um senhor me abordou, perguntou se eu conhecia a cidade, e indicou espontaneamente onde ficavam as ruínas romanas.

No final da tarde voltei para Salisbury com dois objetivos: encontrar um ponto de acesso wireless para o notebook e conseguir um lugar para dormir no final de semana, pois o albergue estava lotado. A relação de pontos de acesso informada pelo
www.boingo.com foi uma frustração. Somente na Starbucks consegui o acesso, porém o café fecha às 19h. Por outro lado, por indicação do Lonely Planet fui até a Griffin Cottage, um agradável bed & breakfast no centro da cidade. Não havia vagas, porém a gentil proprietária perguntou quanto eu estava disposto a pagar pelo final de semana, ligou para outras pousadas e fez a reserva em meu nome. Quanta hospitalidade!

Novamente o jantar foi na Prezzo, uma ótima cantina italiana.

(São Paulo, 13/03/2007 – 20h00) Antes de embarcar aproveito para incluir algumas informações que faltaram nas postagens anteriores, e principalmente para me redimir com as pessoas que me ajudaram.

Quando eu falei do roteiro esqueci-me de mencionar a Pricila e a sua fantástica viagem pela Austrália, Nova Zelândia e sudoeste asiático. Ela tinha 19 anos, não sabia inglês e teve que trabalhar no exterior para viajar durante dois anos. Ela tem verdadeiras histórias de aventura, e espero que algum dia ela escreva sobre isto.

Na postagem sobre planejamento cometi uma falha grave ao deixar de mencionar a Juliana, minha irmã, e os seus produtos do Citibank. O grande diferencial neste caso é o fato de que o banco possui agências em diversos países, e isso pode funcionar como contingência em determinadas situações, como por exemplo, na perda do cartão de débito. Segundo ela, basta mencionar que sou seu irmão e tudo acontece...

Também no planejamento esqueci-me de mencionar a Ryanair (
www.ryanair.com), que conheci por meio da Patrícia, amiga desde os tempos da Cultura Inglesa. Esta companhia aérea opera na Europa e faz promoções absurdas pelo site, como por exemplo, uma passagem Londres – Porto por apenas R$ 40,00, incluindo a taxa de embarque. Se tudo der certo passo um final de semana em Gotemburgo, em Madri ou em Casablanca (não é Europa, mas tem vôo para lá).

terça-feira, 13 de março de 2007

Chegou a hora!

Daqui a pouco estarei no aeroporto: o sonho começa a virar realidade. Acho que não estou esquecendo nada importante. Finalmente, depois de vários dias, me sinto ansioso. O tempo passa muito devagar...

Recebo vários abraços, beijos, telefonemas, e-mails, mensagens. Que alegria! Como são gratificantes estas manifestações de carinho. Isso me deixa mais forte para realizar a viagem, e com a certeza de que serei bem recebido quando voltar. Encontro vocês em setembro!


OBRIGADO!!!

sexta-feira, 2 de março de 2007

O planejamento!

Não gosto de improvisar.

É da minha natureza planejar as coisas que faço, provavelmente herdei isso do meu pai. Alguns de vocês já devem ter percebido essa característica.


O planejamento da Volta ao Mundo envolveu não somente o “durante” a viagem, mas também o “antes” e o “depois”. Estou falando de um período que vai de janeiro de 2007 a abril de 2008. É um planejamento de quase 15 meses.

O período do “antes”, entre janeiro e março de 2007, serviu para realizar 3 objetivos importantes: organizar a viagem, comemorar o meu aniversário (ver fotos em ) e preparar o retorno para a vida profissional (o “depois” da viagem). Sobre o retorno para a vida profissional escrevei em breve aqui no blog.

Planejar é uma atividade cerebral. Você pode planejar qualquer coisa na sua vida. No caso da Volta ao Mundo, foi a oportunidade de viajar antes mesmo de sair de casa. Você pode planejar sozinho, com as informações e as experiências que adquiriu ao longo da sua vida. Você pode planejar com um especialista, que pode até ser o seu melhor amigo. Possivelmente por meio dos seus amigos você vai conhecer outras pessoas que terão informações úteis para o planejamento.

Você pode planejar por meio de livros, revistas e principalmente pela internet. Mas seja criterioso: o excesso de informação pode atrapalhar o planejamento, e identificar as suas prioridades é fundamental! O que é importante para mim não necessariamente é importante para você, e vice-versa.

A minha sugestão é que as informações relevantes sejam anotadas, para evitar a perda de tempo para encontrar a mesma coisa várias vezes. De uma forma geral, para planejar não é necessário gastar muito dinheiro. No meu caso, os investimentos foram happy-hours com pessoas agradáveis e a compra de diversos guias de viagem, dos quais faço coleção. Além disso, é claro, você precisa de tempo e disposição para pesquisar as coisas. E se você acredita no produto final, planejar será algo muito prazeroso.


Você pode me perguntar: Edu, como você elabora o planejamento? Aqui eu não vou falar de metodologia ou de qualquer instrumento formal, mas simplesmente sobre como funciona a minha cabeça nestas horas. A primeira coisa que eu faço é listar os desafios que eu imagino encontrar na minha jornada, assim como os benefícios que terei ao seu final. A partir disso o conceito é simples: o planejamento deve prever ações e atitudes que permitam maximizar os benefícios e superar os desafios. Eu não uso simplesmente a 1ª idéia que me ocorre. Eu identifico várias alternativas e decido racionalmente pela que me traz melhores resultados.

Vou utilizar como exemplo o desafio da comunicação (ver postagem “Os 10 principais desafios!” de 22/02/2007). Neste caso a minha ação principal será fazer um curso de inglês. A idéia original era fazer o curso na Austrália, uma país mais divertido e mais barato do que a Inglaterra. Porém, eu chegaria na Austrália somente no terceiro mês da viagem, e além disso, para quem já notou a diferença, o inglês britânico é muito melhor que o australiano. O orçamento comporta o curso na Inglaterra? Esta pergunta é realizada o tempo todo durante o planejamento, para evitar o risco de inviabilizar a viagem pelo estouro do orçamento.

Novamente recorro aos amigos para avaliar qual a cidade mais indicada para o curso na Inglaterra, assim como procuro por uma escola que tenha boas referencias. Decido pela Francês King (www.francesking.co.uk) em Londres. Como eu me conheço, sei que somente o curso não será suficiente para ganhar fluência (afinal, tenho 6 anos de Cultura Inglesa, da qual tenho ótimas lembranças). Eu sempre tive vergonha de falar em inglês fora da escola. Por falta de atitude, deixei de aproveitar diversas oportunidades no passado, no trabalho e em viagens, para acabar com esta dificuldade. Desta forma, para superar o desafio da comunicação é fundamental mudar a minha atitude: ser espontâneo em inglês da mesma forma que sou em português. A hospedagem em albergues da juventude ajudará muito neste ponto, pois naturalmente estarei em contato com viajantes de outras nacionalidades.

Utilizei o mesmo raciocínio para os demais benefícios e desafios da viagem, e tomei uma série de decisões de planejamento. O meu objetivo aqui não é o de fazer propaganda de nenhuma empresa, mas sim o de registrar qual foi a minha escolha final. Caso você queira mais informações sobre algum ponto específico por favor me avise!

Bilhete aéreo: há 3 grandes alianças mundiais de companhias aéreas que vendem bilhetes para dar uma volta ao mundo. Em geral estes bilhetes exigem que o passageiro faça uma travessia do Atlântico e uma do Pacífico, e custam ao redor de US$ 5 mil, sem contar as taxas de embarque. No meu caso isso não interessava. Encontrei um bilhete sob medida na Oneworld (
www.oneworld.com), chamado Circle Trip Explorer, que permite 4 escalas em cada um dos continentes: Europa, Ásia, Oceania e África. Com as taxas de embarque, o custo total é de US$ 3,5 mil. As datas e os horários dos vôos podem ser alterados sem penalidade. E os vôos ainda acumulam milhas que você pode resgatar na American Airlines ou na Ibéria. Alguns pequenos trechos não são atendidos pelo bilhete e terei que comprar separadamente, como por exemplo entre Delhi e Katmandu. Usei milhagem da TAM para os vôos entre o Brasil e a Europa e entre a Inglaterra e o Egito.

Hospedagem: a principal associação de albergues da juventude é a Hostelling International (
www.hihostels.com). O site permite que você obtenha informações dos albergues em cada localidade, incluindo fotos e mapas, assim como faça as reservas online por 5% de adiantamento mais uma tarifa. O preço da diária é muito variável: em Londres custa aproximadamente US$ 45, em Delhi custa pouco menos de US$ 7.......... Faça a sua carteira de associado no Brasil para ter direito aos menores preços. Pesquisei também o Rates To Go (www.ratestogo.com), que tem opções interessantes em alguns lugares onde não há albergue, como por exemplo no Camboja. No verão europeu é provável que eu tenha que fazer as reservas com maior antecedência.

Locação de Carro: em alguns lugares a opção de alugar um carro será melhor por conta da flexibilidade, e em alguns casos, também pelo custo. A minha intenção é alugar o carro para conhecer o sudoeste da Inglaterra (isso significa dirigir na faixa contraria ao que estamos acostumados), fazer safári na África do Sul, visitar pequenas cidades na Itália e na Áustria, e possivelmente, na Nova Zelândia. O melhor preço de locação eu encontrei na Auto Europe (
www.autoeurope.com), cerca de 40% mais barato do que outras locadoras. O site é bem amigável, tem várias línguas inclusive o português, tem 0800 nos EUA com atendente brasileira................... porém, nunca ouvi falar nesta empresa! Se alguém tiver alguma informação me avise! De qualquer forma, conto com a segurança do cartão de crédito para evitar uma roubada. E vou alugar um carro por poucos dias na Inglaterra para conhecer a qualidade do serviço. Descobri que se o carro entrar no leste europeu (Croácia e Eslovênia, por exemplo) o custo da locação aumenta em cerca de 50%. Ainda não achei a melhor forma de transporte nesta região (alguém tem maiores informações?) Outra coisa: em vários paises é necessário apresentar a carteira de motorista além da permissão internacional para dirigir. Esta permissão pode ser obtida no Detran (www.detran.sp.gov.br) e custa R$ 156,53.

Guias de viagem: os melhores são os da Lonely Planet (
www.lonelyplanet.com). Como o peso dos guias é muito grande e quero manter todos eles para a minha coleção, a saída é viajar com no máximo 2 unidades (do pais atual e do próximo) e despachar para o Brasil os guias já utilizados.

Passaporte e vistos: sobre o passaporte a minha única preocupação é que as páginas provavelmente não serão suficientes para todas as anotações. É possível emitir um passaporte novo nos consulados brasileiros, e devo fazer isto na Austrália. O site
www.vistos.com.br descreve a necessidade ou não de visto de entrada em diversos paises. No meu caso o visto é necessário para a Austrália (R$ 123,00, 7 dias úteis, em Brasília) e para a Índia (R$ 145,00, 1 dia útil, em São Paulo). Em alguns paises você tira o visto na própria entrada. É recomendável levar várias fotos 3x4 e 5x7 para isto.

Vacinas: por recomendação da Arlete, da Secretaria de Saúde de São Paulo, e futura secretária de turismo de São Luiz do Paraitinga, conheci o Ambulatório do Viajante do Hospital das Clínicas (
www.sucen.sp.gov.br). A partir das características da viagem (duração, destinos) você recebe orientações de saúde bastante úteis. Fiquei muito surpreso pela qualidade do serviço. Recebi uma lista de vacinas para tomar (hepatite A e B, febre amarela, sarampo, tétano, raiva, rubéola, caxumba e febre tifóide). Não é nada agradável tomar todas as vacinas no mesmo dia........ No caso da malária, que não tem vacina preventiva, aprendi a reconhecer os sintomas além de receber um kit de emergência. Para o caso de diarréias violentas, de origem bacteriana, também há um destes kits. Repelente e mosquiteiro podem ser necessários em algumas regiões da Tailândia e do Camboja. É recomendável procurar este serviço 2 meses antes do início da viagem. A vacina de febre amarela é obrigatória para a entrada em diversos paises.

Câmbio e dinheiro: um site confiável sobre câmbio é o do Banco Central (
www.bcb.gov.br). Numa viagem deste tipo não dá para levar todo o dinheiro no bolso. Nestas horas a melhor opção é o cartão de débito internacional, que faz a conversão pelo câmbio oficial. Dificilmente irei entrar em algum pais que não tenha caixas eletrônicos disponíveis no próprio aeroporto, e o saque é na moeda local. Uso cartões do Unibanco e não tenho nenhuma tarifa adicional para isto (ops, é melhor nem espalhar muito senão vai virar tarifa nova............). Sugiro levar pelos menos 2 cartões deste tipo, de bandeiras diferentes. Idem para cartões de crédito. Verifique com o seu banco se há um serviço de entrega emergencial em caso de perda ou roubo.

Internet: embora você encontre cyber-cafés em qualquer lugar do mundo, optei por levar o notebook comigo por 3 razões: armazenar grandes volumes de fotos, escrever o blog sem estar conectado e usar a internet em um computador seguro e conhecido (há pouco tempo atrás utilizei o serviço de internet do Shopping Ibirapuera e algum vírus, sem que eu percebesse, enviou para vocês um email em meu nome...........). Diversos albergues da juventude possuem conexão com a internet, e é possível encontrar a lista de lugares com internet sem fio em
www.jiwire.com e em www.hotspot-locations.com. Há um serviço em www.boingo.com que oferece acesso wireless ilimitado por US$ 21,95 mensais, com 60 mil pontos de acesso em todo o mundo. Não sei se vou precisar, mas é bom ter estas informações por perto.

Blog: manter o blog tem 3 grandes objetivos: A) registrar as coisas importantes da viagem, B) manter um canal de comunicação com os meus amigos (não deixe de incluir o seu email para receber a newsletter da viagem) e; C) servir como treinamento para a minha vontade de escrever coisas (gasto HORAS para escrever cada uma das postagens.............. será que em alguma hora eu pego o jeito???). Escolhi o Blogger (
www.blogger.com) pela possibilidade de criar uma interface clean, de fácil atualização e sem mensagens comerciais. Utilizo o Google Analytics (www.google.com/analytics) para acompanhar o numero diário de visitantes. Para armazenar as fotos em grande volume e com alta resolução optei pelo Flickr (www.flickr.com). Os 2 primeiros serviços são gratuitos, e a assinatura anual do Flickr, sem limite de armazenamento, custa US$ 24,95.

Seguro Saúde: escolhi o InterCare (
www.intercare.com.br), custo de US$ 543,00 por 210 dias de validade. Há uma restrição de entrada na Comunidade Européia que exige cobertura de assistência médica acima de 30 mil euros.

Adicionalmente, para fechar o orçamento, fiz uma estimativa dos gastos com alimentação e com os passeios, além de uma margem de segurança. O planejamento está concluído!

Você deve estar pensando: agora ficou fácil, é só pegar o avião e seguir a risca tudo o que foi planejado. Errado!!! Planejamento não é uma coisa estática. Imagine quantas coisas não previstas podem acontecer numa viagem tão longa. Eu posso querer alongar ou diminuir a permanência em um determinado lugar, ser influenciado por outras pessoas que eu venha a conhecer pelo caminho, encontrar condições climáticas ruins, etc.
Um bom planejamento deve ser flexível o suficiente para comportar mudanças deste tipo.

Tenho certeza que uma das coisas mais interessantes da viagem será comparar tudo o que está escrito aqui e o que realmente aconteceu.......