segunda-feira, 30 de abril de 2007

Os templos do Nepal

(Katmandu, 29/04/2007 – 20h10) O principal motivo que traz o viajante para o Nepal são as suas montanhas. Os picos mais altos do mundo estão aqui, como o Everest, o Annapurna e vários outros do Himalaia. Mas o que mais chamou a minha atenção nestes primeiros dias são os magníficos templos que encontrei. No Nepal há uma curiosa combinação entre o Hinduismo e o Budismo. Mas como não sou um especialista no assunto, prefiro não tentar descrever com palavras. Ficarei somente com o registro fotográfico.

Você deve estar perguntando: Edu, você não deveria estar em um trekking neste momento? Sim, deveria... Porém, os ventos fortes impediram que o pequeno avião que me levaria até o inicio da trilha decolasse de Pokhara (a foto ao lado é do pico Machhaouchhere, observado do aeroporto). O pior é que não dá para saber com antecedência se o vôo será realizado ou não. Tem que esperar no aeroporto até que o piloto confirme a decolagem. Neste dia a espera foi de 4 horas, frustrando a mim e a mais 6 passageiros.

Vou explicar melhor: o roteiro de trekking considerado o melhor em relação à paisagem e à diversidade cultural é a volta dos Annapurnas. Este roteiro leva 18 dias. Quem não dispõe deste tempo pode fazer a metade do circuito e tomar um avião de retorno. No meu caso, como dispunha de apenas 4 dias, optei por ida e volta de avião.

Como eu não tinha mais tempo disponível resolvi voltar para Katmandu, e tive que me contentar com as fotos da janela do avião... A companhia aérea reembolsou todos os gastos. Quem me conhece sabe que eu adoro paisagens de montanha, e talvez possa imaginar o quanto eu senti não ter conseguido fazer esta trilha. O que me deixou menos frustrado é que esta não é a melhor época para andar pelas montanhas, pois o céu não é tão claro quanto em outubro e novembro. Ou seja, é um lugar para eu voltar no futuro............

Voltando a falar dos templos... Basta que você ande meio quarteirão em Katmandu para encontrar um templo, um santuário ou uma escultura. A arquitetura é peculiar e muito bonita, embora o estado de conservação nem sempre seja o melhor. O Nepal é um país muito pobre e você percebe facilmente a condição precária dos seus habitantes.

Aliás, andar pelas ruas é sempre curioso, pois motos, carros, rickshaws (foto ao lado) e pedestres dividem um espaço minúsculo, e a calçada, quando existe, é ocupada pelas lojas. O assedio dos vendedores é muito menor do que no Egito, e isto torna as caminhadas muito mais agradáveis. De uma forma geral os preços são bem em conta para o padrão brasileiro, e com R$ 35 por dia é possível conseguir um hotel bem localizado, simples e limpo, e fazer duas boas refeições.

O meu restaurante favorito em Katmandu é o Helena, nome da minha mãe. O restaurante é curioso pois fica espalhado em 8 andares! Para almoçar o melhor ambiente é a cobertura. Para jantar o melhor é ficar nas mesas com almofadas, onde você pode tirar o tênis e ficar a vontade. A luz de velas não é somente para dar um clima romântico, mas principalmente por que falta energia elétrica quase todo dia...

Uma das melhores coisas em Katmandu é que você não depende de transporte para fazer os passeios. O táxi somente é necessário para ir ao aeroporto ou para visitar alguma cidade nas proximidades. Este é um dos motivos pelos quais prefiro visitar cidades menores (tenho que me preparar psicologicamente, pois em breve irei para Delhi, com mais de 13 milhões de habitantes).

Andei até a praça Durban, no centro de Katmandu, onde fica o antigo palácio real (sim, o Nepal é uma monarquia) e uma série de belas construções. Encontrei um bom local para fotografar as pessoas. Infelizmente, como a conexão com a internet é ruim por aqui, você terá que aguardar um tempo até que eu consiga carregar as fotos.

Hoje fui visitar o Templo de Swayambhunath, construído em 1646 no alto de uma colina, muito bem preservado e com um ótimo visual de Katmandu. Umas das coisas curiosas deste templo é que há dezenas de pequenos macacos que ficam circulando livremente. Há várias de estátuas espalhadas ao redor do templo.


Ah, esqueci de falar: o fuso horário no Nepal é 8h45 adiantado em relação ao Brasil. Ou seja, enquanto eu escrevo este texto antes de dormir você está almoçando no Brasil.

(Delhi, 25/04/2007 – 01h30) O vôo de Londres para Delhi durou 8,5 horas e foi muito tranqüilo. Eu tinha três poltronas a minha disposição! Como o vôo foi diurno aproveitei para ler o Lonely Planet do Nepal do inicio ao fim... Umas 300 paginas... Ao chegar no aeroporto em Delhi o avião teve que esperar na pista durante uma hora até conseguir um terminal para desembarque. Esta é a Índia!

O fuso horário em relação à Londres é de +4,5 horas. Desta forma estou 8,5 horas adiantadas em relação ao Brasil. Como estou sem sono aproveito para escrever esta curta postagem. O meu vôo para Katmandu no Nepal é amanha pela manhã, então escolhi um hotel próximo ao aeroporto.

Ao sair da área de desembarque um sujeito bem aparentado me ofereceu um táxi. O preço era de 700 rúpias, cerca de R$ 30. Eu já sabia que o preço seria de no máximo 150 rúpias. Quando eu reclamei, ele reduziu para 600, então eu ofereci 100. Ele desistiu e foi embora. Fui ate o balcão de táxis pré-pagos e paguei as 150 rúpias... Como eu sabia o valor do táxi? Fácil, uns dias antes eu havia enviado um e-mail ao hotel para me informar...

Embora o hotel seja realmente muito próximo ao aeroporto, é barato e bem simples. Muitas pessoas já haviam me falado sobre os hotéis baratos na Índia, e este não é diferente. Há poeira espalhada pelo quarto e o chuveiro não tem água quente... Mas não terei problemas para tomar um banho frio, pois estamos numa época de calor.

sexta-feira, 27 de abril de 2007

Trekking!

Amigos,

Entre 28/04 e 02/05 estarei em um trekking no Himalaia e sem acesso a internet.

Assim que voltar retomo as atividades do blog,

Namaste!
Edu

segunda-feira, 23 de abril de 2007

Mais um pouco sobre o Egito

(London, 23/04/2007 – 18h30) Novamente estou em Londres! É a terceira vez em menos de 2 meses. A imigração britânica já deve estar de saco cheio de mim. Eles sempre perguntam a mesma coisa: quanto tempo eu vou ficar na Inglaterra, onde vou me hospedar e pedem para ver a passagem aérea de saída. Ai eu falo da volta ao mundo e eles me liberam, sempre com um sorriso. Amanhã pela manhã tomo o vôo para Delhi, na Índia. Será o inicio da parte asiática da viagem.

Bom, mas esta postagem é para falar do Egito. Um dos pontos fortes em Luxor é observar o por do sol no Nilo. Todo dia é um espetáculo! Sem pressa, em qualquer ponto ao longo da margem do rio você consegue imagens fantásticas. Descobrimos, meio por acaso, uma lanchonete que fica atrás do Templo de Luxor, num terraço no quinto andar, com vista panorâmica. Para quem quiser conhecer, o lugar chama-se The Roof.

No último sábado contratamos um motorista para nos levar aos templos de Horus e de Kom Ombo. Em minha opinião vale mais a pena fazer o passeio desta forma do que contratar uma excursão com guias (quem me conhece sabe que eu não tenho muita paciência com excursões). E o preço é muito bom! Com isso é possível evitar os grupos de europeus com 30 ou 40 pessoas...

Uma das coisas curiosas no Egito é que os estrangeiros não podem andar de carro pelas estradas de forma independente. É obrigatório andar em comboio, acompanhados pela polícia. Na foto ao lado aparece a metralhadora do policial que estava em nosso carro. Mas não se assuste, há mais de 10 anos não acontece nenhum incidente com turistas. O governo mantém o sistema de comboio para mostrar a sua preocupação com a segurança. Afinal de contas, uma grande parte da população depende do turismo para sobreviver.

Estes templos de Horus e de Kom Ombo ficam ao sul de Luxor, umas três horas de viagem. Como é de conhecimento geral, a vida no Egito é dependente do Nilo. Desta forma, a rodovia, a ferrovia e a grande maioria das cidades ficam numa faixa estreita ao longo do rio. Sair desta faixa significa andar em pleno deserto. Pela janela do carro é fácil observar isto.

O Templo de Horus é considerado o mais preservado de todas as construções do Egito antigo. O ponto alto são os hieróglifos, que estão espalhados por todas as paredes, de cima a baixo. Uma iluminação especial valoriza os desenhos. Veja na foto ao lado que o moço não se contenta com uma única mulher. Se eu tivesse conhecimento e mais tempo gostaria de colocar uma legenda para cada um destes desenhos. Espero que a Tereza me ajude com isso...

Finalizamos o dia no Templo de Kom Ombo. Por ser distante de Luxor, não encontramos nenhum turista nas ruínas! Como era sábado, por motivos religiosos, não havia nenhum comércio aberto nas proximidades, não deu nem para almoçar... Mas foi um dos melhores passeios da viagem. Depois temos que esperar o comboio da volta, para novamente enfrentar o por do sol... Que rotina!

No ultimo dia em Luxor aproveitamos para conhecer o museu da cidade, pequeno em relação ao do Cairo mas muito bem organizado. Aproveitei para fazer algumas fotos de pessoas, dos táxis e dos caleches (esse que aparece na foto ao lado).

Se quiser conferir todas as fotos que eu fiz do balão clique em http://www.flickr.com/photos/eduardofeijo/sets/72157600126196158

Voltamos para o Cairo, novamente usando o trem noturno. Decidimos visitar a Citadel, uma fortaleza que por mais de 700 anos foi utilizada pelos governantes do Egito. Esse passeio foi muito agradável, pois dentro da Citadel não há nenhum assédio de vendedores e táxis.

Já esgotados pelo ritmo alucinante de passeios que fizemos, aproveitamos para conhecer algumas das principais mesquitas da cidade. Visitamos a Mohammed Ali, a Sultan Hassan e a An-Nasir Mohammed. Todas muito bonitas, tranqüilas e acolhedoras.


Gostei muito do Egito! Da alegria das pessoas, da fantástica história dos faraós, da beleza do Nilo, da comida, das paisagens, do passeio de balao, da sensação de segurança ao caminhar na rua, entre outras coisas. A chegada ao Cairo pode ser um pouco estressante, por isso é necessário dar um tempo no inicio da viagem para entender como as coisas funcionam. Luxor é imperdível!

E tem mais para conhecer: Alexandria, o monte Sinai, os oásis, o mar Vermelho. Exceto a passagem aérea, os custos de hospedagem, refeição e passeios são menores do que em muitas partes do Brasil. Pelo que pude perceber, não há nenhum desconforto para uma mulher viajar pelo Egito. E mais do que tudo: você tem todas as condições para organizar a sua própria viagem, sem precisar dos roteiros padronizados das agencias de turismo.

quinta-feira, 19 de abril de 2007

O Egito e suas peculiaridades!

(Luxor, 19/04/2007 – 18h00) Como o tempo passa rápido, hoje já é o meu quinto dia no Egito! Nesse período foi possível visitar algumas pirâmides, o mercado Khan al-Khalili, o Museu do Egito e os templos de Karnak e Luxor. Além disso, viajei 10 horas de trem entre as cidades do Cairo e de Luxor, fiz um passeio de balão, descobri a habilidade de negociação dos egípcios e atravessei uma tempestade de areia...

Como eu já imaginava, o tempo disponível para a internet está muito limitado, sem contar que a qualidade das conexões por aqui deixa muito a desejar. Isso significa, por exemplo, que não tenho conseguido responder aos e-mails, assim como não tenho conseguido atualizar o blog com a mesma freqüência que antes. Carregar as fotos tambem esta complicado, e terei que fazer isso com calma quando voltar para o Cairo. Espero que vocês tenham paciência com isto!

Pela primeira vez na viagem eu não estou sozinho, pois tenho a companhia da Tereza. Quem a conhece sabe que ela é divertida e possui uma grande disposição para fazer os passeios. Assim como eu, adora tirar fotografias. Ela conhece bastante a historia do Egito antigo e dos seus deuses. Espero que ela me ajude a fazer a legenda das fotos do Egito........

Ela me trouxe um presente: uma carta dos meus pais! Fiquei muito feliz em recebê-la, pois tenho muitas saudades deles. Minha mãe me tortura ao lembrar das comidas que eu gosto... Mas tudo bem, quando eu voltar quero comer tudo o que tenho direito. Meus irmãos terão que se acostumar com uma dieta baseada em couve-flor, bolinho de arroz e estrogonofe de frango (com champignon). Mais uma vez, como em toda a minha vida, recebo total apoio deles. Tenho certeza que, de alguma forma, eles estão juntos comigo nesta viagem. Amo muito vocês!

A minha primeira impressão do Cairo foi de uma cidade caótica. Você sai do aeroporto de táxi e enfrenta um longo congestionamento até chegar ao hotel. Os carros, todos muito antigos, não andam na faixa e buzinam o tempo todo! Isso sem contar os pedestres, que também andam no meio das ruas, muitas vezes carregando alguma coisa pesada sobre a cabeça. No entanto, demonstrando perícia dos motoristas e agilidade dos pedestres, não vi nenhum acidente nestes dias. As placas estão em árabe, ou seja, é impossível saber qual a direção correta.

Muitos prédios foram construídos antes da independência do Egito, na década de 1950, seguindo um estilo britânico. A manutenção é precária, as paredes estão sujas. O hotel Longchamps fica ao lado da casa do embaixador do Brasil, em Zamalek, uma ilha do Nilo próxima ao centro da cidade. A entrada do hotel é feia, o elevador parece um caixote... Segundo o taxista, o hotel fica no quinto andar... Fico preocupado, pois segundo o Lonely Planet este é um dos melhores locais para dormir no Cairo por um preço razoável. Para meu alivio, o interior do hotel é como um oásis no meio do deserto, o quarto é super confortável, e a proprietária e os funcionários são muito amáveis.

No dia seguinte fomos ao Egyptian Museum. Infelizmente não é permitido fotografar no interior, e tenho que me contentar com algumas peças que estão do lado de fora. A coleção é grande e interessante, mas como era de se esperar, o museu não possui a mesma infra-estrutura dos similares britânicos, cuja iluminação especial valoriza mesmo o mais simples dos objetos. No entanto, há uma galeria do museu que vale por toda a visita: a de Tutankhamun, contendo grande parte do tesouro que foi encontrado intacto na sua tumba. Os objetos são maravilhosos! Se você estiver curioso, pesquise na internet as fotos destes objetos.

À tarde fomos ao famoso mercado de Khan al-Khalili. Aqui é possível encontrar pedras preciosas, estátuas, espadas, roupas, comida e tudo mais o que você imagina sobre o Egito. São inúmeras lojas espalhadas por diversos quarteirões. Eu fiquei alucinado para fotografar coisas e pessoas, mas logo percebi que não teria tranqüilidade... Mal iniciamos a caminhada e uma legião infernal de garçons, vendedores e taxistas se aproxima para oferecer algum tipo de serviço ou mercadoria. Tudo começa com um Hello, Hey Mister ou Speak Spanish? A seqüência era sempre a mesma: eu respondia Brazilian, eles abriam um grande sorriso e diziam algo como Ronaldo, Pelé e grande time de futebol. No inicio era até divertido, mas depois de algum tempo você percebe que não tem nenhuma liberdade. Mudamos a estratégia, ignorando os chamados e não olhando para os lados... O assedio diminuiu, mas não deu para curtir o passeio como eu gostaria...

Os egípcios são grandes negociantes e têm uma técnica apurada para isto. Mesmo com os taxistas você tem que negociar o preço, que eles calculam pela cara do cliente. Funciona de forma semelhante a uma venda num semáforo no Brasil, cujo vendedor oferece uma flanela por R$ 5, você responde R$ 1, e se interessa, fecha em R$ 2. Embora quase sempre os egípcios tenham sucesso na negociação, o preço das coisas, mesmo para os brasileiros, é muito bom!

O dia seguinte amanheceu com uma ventania muito forte. Combinamos com um motorista recomendado pelo hotel um passeio pelas pirâmides de Giza, por Memphis e por Saqqara. Ao chegar ao deserto descobrimos que o vento forte na verdade era uma tempestade de areia! Era quase impossível enxergar as pirâmides. O vento mudava de direção a cada instante, e a areia não parava de nos atingir. Havia centenas de turistas na mesma situação.

Conseguimos chegar na Pirâmide de Quéops, que tem 146 metros de altura e foi construída há 4.500 anos. A maior emoção foi ter subido pelo interior da pirâmide até a sua câmara mais elevada. A felicidade da Teresa era impressionante! Tentei convence-la que não valia a pena continuar o passeio, sugeri que voltássemos para a cidade para visitar algumas mesquitas, mas não tive sucesso... Continuamos o passeio, visitamos o museu a céu aberto de Memphis e enfrentamos mais um pouco da tempestade para encontrar a belíssima pirâmide de Saqqara. Mais uma vez não consigo tirar tantas fotos como eu gostaria. Retornamos ao hotel no final da tarde, e ficamos sabendo a tempestade foi uma das mais fortes dos últimos tempos...

Caminhar pela margem do Nilo a noite é um passeio super agradável. O assédio dos vendedores é bem menor. A imagem de decadência dos edifícios é substituída pelas luzes que iluminam as margens do rio. No Egito a comida é muito saborosa! Um bom exemplo é o restaurante Roaster, que fica perto do hotel. Tenho comido muito melhor aqui do que na Inglaterra.

Tomamos um trem noturno até Luxor, na parte central do Egito. O trem é confortável, embora a viagem dure 10 horas. Minha expectativa aumenta ao ver que o céu está azul novamente! Visitamos os Templos em Karnak. Trata-se de um conjunto de construções gigantescas! Faço dezenas de fotos. O que mais me agrada são os hieróglifos, que estão espalhados por todos os cantos.

No mesmo dia visitamos o Templo de Luxor, de onde observamos o por do sol no deserto. A iluminação noturna do templo é linda! Uma das coisas curiosas nas visitas aos templos é que tanto os guardas quanto os funcionários dos templos se oferecem para tirar fotos em troca de alguns trocados, como esses da foto ao lado. Você percebe que são pessoas muito simples e que, de alguma forma, fazem este tipo de coisa para sobreviver.

De uma forma geral Luxor é muito mais agradável do que o Cairo, pois trata-se de uma cidade menor, com cerca de 200 mil habitantes. É possível andar tranquilamente a pé pela cidade. O assédio dos vendedores é menor, e a estratégia de não fazer contato visual ou verbal com eles se mostrou eficiente.

Hoje fizemos um passeio de balão na margem oeste do Nilo, onde ficam as tumbas dos faraós! O vôo começa bem cedo pela manhã e dura cerca de uma hora. O visual é impressionante! O cenário é composto pelo rio Nilo, pelas plantações que acompanham as suas férteis margens, pelas ruínas das construções dos antigos egípcios e pelas montanhas que guardam as tumbas dos faraós.

Pelo menos 10 balões estão no ar mesmo tempo. O vôo é muito tranqüilo, pois o balão segue suavemente a direção dos ventos. Conseguimos ver pelo alto o caminho que faremos ainda hoje para conhecer as tumbas e outras construções. É um passeio inesquecível! A aterrissagem é curiosa, pois o comandante tomba o cesto para que todos possam desembarcar.

Após o vôo visitamos o vale dos reis, onde se encontra diversas tumbas dos faraós, inclusive a de Tutankhamun. Não é permitido fotografar o interior das tumbas. Algumas tumbas estão fechadas para restauração, mas as que encontramos abertas têm paredes cobertas por desenhos e hieróglifos.

Por fim visitamos os templos de Hatshepsup, que aparece na foto ao lado, e o de Medinat Habu. É quase meio dia e o calor do deserto torna insuportável qualquer tentativa de caminhar sob o sol. Voltamos para o hotel cedo, o que permitiu que eu tivesse tempo para escrever esta postagem. Agora vamos descer para jantar e encontrar um cyber café.

sábado, 14 de abril de 2007

Os últimos dias na Inglaterra!

(Stratford upon Avon, 13/04/2007 – 17h00) Quarta-feira foi o meu último dia no curso de inglês. Na verdade teria mais duas aulas, mas decidi viajar para o interior da Inglaterra para fotografar alguns lugares interessantes.

Em Londres aproveitei para conhecer o British Museum. É o mais impressionante museu que já visitei! As coleções estão separadas por continente. A Ásia estava representada por inúmeros objetos originários do Japão, da China, da Índia, da Coréia e do mundo islâmico. Tudo é maravilhoso, mas novamente reforço a minha opinião de que estes objetos deveriam ser devolvidos aos seus paises de origem.

Da antiga Roma e da Grécia são exibidos inúmeros painéis em alto relevo. Mas a coleção mais disputada pelos visitantes é a do Egito. Múmias, sarcófagos, inscrições com hieróglifos e muitos outros objetos. Será que no Egito eu encontrarei peças como estas que eu vi neste museu?

Não há nenhuma restrição para fotografar os objetos. Depois visitei uma seção sobre a África e outra sobre as Américas, muito menores do que as anteriores e mesmo assim com lindas peças. O museu é tão grande que não tive tempo para visitar todas as coleções. O restante vai ficar para uma próxima visita. Quando será?

Meu último passeio em Londres foi a London Tower, um castelo que fica no centro da cidade e tem quase 900 anos desde a sua construção inicial. É neste castelo que ficam as jóias da coroa. Foi um passeio interessante, mas acho que não vale o caríssimo preço do ingresso (£ 16,00). Para relaxar, fui mais uma vez ao cinema, desta vez para assistir Mr. Bin on Holidays. É divertido, não tive que me esforçar para entender em inglês como nos outros filmes, e acho que combina com a viagem que estou fazendo.

Gastei um tempo para resolver uma série de assuntos burocráticos, como por exemplo: reservar o hotel no Cairo, comprar a passagem de trem para Luxor (não consegui pela internet, terei que comprar na própria estação), confirmar a passagem aérea para o Nepal, conseguir um hotel em Delhi na primeira noite, pois o meu vôo chega 23h, e para alugar um carro na Inglaterra por três dias, facilitando a minha viagem até Stratford e região. Aproveitei para adiantar estas coisas na Inglaterra onde tenho bastante tempo para acessar a internet. Nos próximos dias terei diversos deslocamentos, e isso certamente tomará muito do meu tempo.

Hoje estou hospedado no albergue de Stratford upon Avon, cidade natal de Shakespeare. Estão vazios e tenho um quarto só para mim! Aqui não visitei nenhum museu. Aproveitei para caminhar pela cidade e apreciar os jardins muito bem cuidados e com muitas flores.

Encontrei na cidade uma curiosa fazenda que cria borboletas tropicais. Infelizmente não estava com a minha lente macro, que é a melhor opção para fazer fotos de insetos. Mas acho que o registro ficou interessante. A fazenda também tinha aranhas gigantes, escorpiões, centopéias e alguns lagartos, inclusive um camaleão. As fotos das borboletas estão em http://www.flickr.com/photos/eduardofeijo/sets/72157600073641533/


Visitei também o castelo de Warwick, que fica numa cidade vizinha e de grande importância histórica para a Inglaterra. Este sim é um castelo de verdade, onde você pode explorar as torres, as muralhas e o seu interior. Só faltou o céu azul para compor o cenário...

(London, 15/04/2007 – 00h45) Agora estou no aeroporto em Londres, aguardando o vôo para o Egito daqui a............ 6 horas! Aproveito para contar mais algumas histórias.

O albergue de Stratford fica fora da cidade. Com isso, não conseguia sinal wireless para o notebook de forma alguma após as 19 horas. Esse negócio de fechar os lugares tão cedo me deixa irritado! Como estava motorizado não tive dúvida: após o jantar, estacionava o carro em frente à Starbucks e me conectava a internet. A sensação de segurança por aqui é muito grande, mas mesmo assim deixava o carro ligado o tempo todo.........

Meu último passeio foi para a cidade de Coventry. A recomendação do guia era para visitar a nova catedral e as ruínas da antiga, que foi destruída pelos alemães durante a segunda guerra. A catedral nova não tem nada de mais, ou seja, não rendeu nenhuma foto. As ruínas eram mais interessantes. Mas o fato curioso aconteceu na hora de voltar para Stratford. Eu percebi uma movimentação ao redor das ruínas e fui dar uma olhada. Um casamento havia terminado na catedral e as pessoas estavam sendo fotografadas. Até ai nada demais. Depois de alguns instantes percebi que os noivos, os padrinhos e os convidados estavam todos fantasiados........ Se vocês não acreditam vejam as fotos em http://www.flickr.com/photos/eduardofeijo/sets/72157600076822721/

Calculei que se saísse de Stratford às 9 da noite eu chegaria ao aeroporto 2 horas depois. Deixei para abastecer o carro perto de Londres. O único problema é que não havia postos na estrada! Uma placa indicava que o aeroporto estava a 20 milhas, e uma segunda placa dizia que o próximo posto estava a 40 milhas! Avancei mais um pouco e a luz da reserva do tanque acendeu. Era só o que faltava, ficar sem gasolina no meio da estrada! Não tive alternativa, rodei as 40 milhas torcendo para que as últimas gotas de combustível fossem suficientes. Diminui a velocidade, esperando que o consumo fosse menor. Finalmente avistei o posto, uns 500 metros a frente. Era um posto somente para caminhões, e o meu carro era a gasolina! Para meu alivio, havia outro posto em seguida e pude completar o resto da viagem com tranqüilidade.

Após um mês de viagem entre a Inglaterra e a Espanha posso dizer que aproveitei bastante. Visitei inúmeros lugares interessantes e fotografei muito! Agora inicio uma nova fase da viagem, onde irei conhecer paises mais exóticos. Daqui a pouco estarei no Egito! E não irei sozinho: a Tereza, minha amiga do Brasil viajará comigo durante uma semana. Vai ser muito bom ter companhia e falar em português!