Você pode estar pensando: essa viagem é moleza! Com uns US$ 200 mil daria para viajar em 1ª classe, contratar intérpretes em todos os paises, carregar uns 100 quilos de compras, comer somente em restaurantes internacionais, dormir em hotéis 5 estrelas, e, se der saudades, dar uma passadinha pelo Brasil.....
E com 10% deste valor, o que dá pra fazer? Este é o 1º desafio! Com isto estabeleço as metas de gastos que terei durante a viagem, considerando passagens aéreas, refeições, estadias e passeios.
O 2º desafio é o da comunicação. Tenho uma boa base de inglês que será muito útil em diversos lugares. Mesmo assim preciso desenferrujar, perder a vergonha, falar sem pensar, com maior naturalidade. O meu portunhol fluente já me ajudou bastante em outras ocasiões. Mas como fazer em paises nos quais o inglês, o espanhol, e principalmente o português são completamente desconhecidos pela maioria da população? Como será “onde fica esta rua” no Camboja ou “o que temos para comer” na Zâmbia?
Nestes 6 meses estarei em contato com múltiplas culturas. Passarei por países com milhares de anos de história. Encontrarei religiões tão diversas quanto o hinduísmo, o anglicanismo, o cristianismo ortodoxo, o budismo, o catolicismo, o islamismo, entre outras. Conhecerei pessoas de diversas nacionalidades e de idades variadas. Como assimilar tanta informação? Este é o 3º desafio!
O 4º desafio é o das escolhas. O meu tempo é limitado. Quantos dias devo permanecer em cada localidade? Quais são os lugares mais significativos? Se um gringo me perguntasse sobre o Brasil, eu falaria que os melhores lugares são: Amazônia, Lençóis Maranhenses, Jericoaquara, Natal, Fernando de Noronha, Salvador e o litoral baiano, Chapada Diamantina, Pantanal, Brasília, Chapada dos Veadeiros, Serra do Cipó, Itatiaia, Serra dos Órgãos, Rio de Janeiro, Búzios, litoral norte de São Paulo, Foz do Iguaçu, Florianópolis, Aparados da Serra, etc. Em 6 meses dá para conhecer bem o Brasil, mas se o gringo tem somente 1 mês, quais seriam as melhores escolhas? Aproveite e comente no blog sobre os seus lugares preferidos no Brasil.
O 5º desafio está relacionado com as longas viagens aéreas. Como resistir a esta maratona? Serão aproximadamente 50 mil milhas percorridas em vôos durante os próximos 6 meses. Isso quer dizer que eu, somando tudo, passarei 300 horas dentro de um avião, ou seja, mais de 12 dias inteiros! Como suportar a comida de bordo? E as pernas, resistirão às poltronas da classe econômica? Sem contar a interminável espera nas salas de embarque, os deslocamentos dos hotéis para os aeroportos, normalmente distantes do centro urbano, os procedimentos de imigração e de aduana, as mudanças de fuso horário, etc.
A alimentação corresponde ao 6º desafio. Na Inglaterra, na Itália e na Espanha em pleno verão, os gastos com alimentação são elevados e precisam ser bem administrados. No sudoeste asiático e na África a comida é bem diferente em relação ao que estamos acostumados, as condições de higiene nem sempre são as melhores, e há sempre o risco de não entender direito o que está escrito no cardápio...... Ouvi dizer que na Indonésia é comum colocar insetos em alguns pratos! Quero fotos!!! Imagino que eu vá comer muita tranqueira na viagem, em fast foods e em supermercados. Como me manter bem alimentado sem estourar o orçamento, sem crises estomacais e sem ultrapassar o meu limite técnico de 84 kg (hoje peso 82 kg)?
Dormirei em cerca de 80 camas diferentes ao longo da viagem! Sem contar os travesseiros, cobertores e as roupas de cama. Em muitos lugares ficarei em albergue da juventude, em quartos compartilhados. Provavelmente encontrarei alguns lugares barulhentos e quentes. Em algumas cidades o vôo chega durante a madrugada e não vai dar para escolher direito onde ficar. Isso me lembra a primeira vez em Madri, quando eu procurei uma pousada durante horas e acabei compartilhando um quarto com um iraquiano. Mais tarde descobri que ele usava heroína e tinha uma adaga dentro do quarto..... Desta forma o 7º desafio será como dormir bem nestas situações?
O 8º desafio é: como fazer a mala de viagem ideal? Encontrarei uma grande variedade de climas: final de inverno na Inglaterra, deserto quente no Egito, frio de montanha no Nepal, muito calor na Índia, risco de chuva torrencial das monções na Tailândia e no Camboja, calor em Bali, inverno nas montanhas da Nova Zelândia, calor na África e depois o verão tórrido na Europa. Certamente terei que lavar a roupa frequentemente. Além disso, tenho que carregar todo o equipamento de fotografia, o note book, os carregadores de bateria, adaptadores de tomada e os guias de viagem. Todo este volume deve caber em uma mochila e em uma mala de 20 kg. Será possível?
Eu acredito muito na minha força de vontade e na minha determinação. Mas isso pode não ser suficiente para superar os obstáculos que eu encontre na viagem. Assim, o 9º desafio é o de vencer os medos e os obstáculos que venham a me atormentar durante o percurso. Medo de ficar sozinho, medo de desanimar, medo de me perder, doenças, dores, notícias ruins, cansaço, desconforto, etc. Será que eu consigo?
O 10º desafio é o mais difícil! Como superar a saudade, que eu certamente sentirei, de todas as pessoas e coisas que eu gosto? Da minha família, dos meus amigos, da alegria do Brasil, de falar português, do nosso clima, do futebol (acho que não, pelo visto vai ser mais um ano difícil para o Palmeiras), do meu apartamento, da minha cama, de dançar forró, de comer empanadas perto de casa, da pizza na 1900, do quibe no Dib, do sushi no Koi, do café da manhã na padaria, da festa do divino em São Luiz do Paraitinga, de correr no Ibirapuera, do “inverno quentinho” em Tapiraí, do piquenique anual em Campos do Jordão, etc.
Realmente, não será fácil!
E com 10% deste valor, o que dá pra fazer? Este é o 1º desafio! Com isto estabeleço as metas de gastos que terei durante a viagem, considerando passagens aéreas, refeições, estadias e passeios.
O 2º desafio é o da comunicação. Tenho uma boa base de inglês que será muito útil em diversos lugares. Mesmo assim preciso desenferrujar, perder a vergonha, falar sem pensar, com maior naturalidade. O meu portunhol fluente já me ajudou bastante em outras ocasiões. Mas como fazer em paises nos quais o inglês, o espanhol, e principalmente o português são completamente desconhecidos pela maioria da população? Como será “onde fica esta rua” no Camboja ou “o que temos para comer” na Zâmbia?
Nestes 6 meses estarei em contato com múltiplas culturas. Passarei por países com milhares de anos de história. Encontrarei religiões tão diversas quanto o hinduísmo, o anglicanismo, o cristianismo ortodoxo, o budismo, o catolicismo, o islamismo, entre outras. Conhecerei pessoas de diversas nacionalidades e de idades variadas. Como assimilar tanta informação? Este é o 3º desafio!
O 4º desafio é o das escolhas. O meu tempo é limitado. Quantos dias devo permanecer em cada localidade? Quais são os lugares mais significativos? Se um gringo me perguntasse sobre o Brasil, eu falaria que os melhores lugares são: Amazônia, Lençóis Maranhenses, Jericoaquara, Natal, Fernando de Noronha, Salvador e o litoral baiano, Chapada Diamantina, Pantanal, Brasília, Chapada dos Veadeiros, Serra do Cipó, Itatiaia, Serra dos Órgãos, Rio de Janeiro, Búzios, litoral norte de São Paulo, Foz do Iguaçu, Florianópolis, Aparados da Serra, etc. Em 6 meses dá para conhecer bem o Brasil, mas se o gringo tem somente 1 mês, quais seriam as melhores escolhas? Aproveite e comente no blog sobre os seus lugares preferidos no Brasil.
O 5º desafio está relacionado com as longas viagens aéreas. Como resistir a esta maratona? Serão aproximadamente 50 mil milhas percorridas em vôos durante os próximos 6 meses. Isso quer dizer que eu, somando tudo, passarei 300 horas dentro de um avião, ou seja, mais de 12 dias inteiros! Como suportar a comida de bordo? E as pernas, resistirão às poltronas da classe econômica? Sem contar a interminável espera nas salas de embarque, os deslocamentos dos hotéis para os aeroportos, normalmente distantes do centro urbano, os procedimentos de imigração e de aduana, as mudanças de fuso horário, etc.
A alimentação corresponde ao 6º desafio. Na Inglaterra, na Itália e na Espanha em pleno verão, os gastos com alimentação são elevados e precisam ser bem administrados. No sudoeste asiático e na África a comida é bem diferente em relação ao que estamos acostumados, as condições de higiene nem sempre são as melhores, e há sempre o risco de não entender direito o que está escrito no cardápio...... Ouvi dizer que na Indonésia é comum colocar insetos em alguns pratos! Quero fotos!!! Imagino que eu vá comer muita tranqueira na viagem, em fast foods e em supermercados. Como me manter bem alimentado sem estourar o orçamento, sem crises estomacais e sem ultrapassar o meu limite técnico de 84 kg (hoje peso 82 kg)?
Dormirei em cerca de 80 camas diferentes ao longo da viagem! Sem contar os travesseiros, cobertores e as roupas de cama. Em muitos lugares ficarei em albergue da juventude, em quartos compartilhados. Provavelmente encontrarei alguns lugares barulhentos e quentes. Em algumas cidades o vôo chega durante a madrugada e não vai dar para escolher direito onde ficar. Isso me lembra a primeira vez em Madri, quando eu procurei uma pousada durante horas e acabei compartilhando um quarto com um iraquiano. Mais tarde descobri que ele usava heroína e tinha uma adaga dentro do quarto..... Desta forma o 7º desafio será como dormir bem nestas situações?
O 8º desafio é: como fazer a mala de viagem ideal? Encontrarei uma grande variedade de climas: final de inverno na Inglaterra, deserto quente no Egito, frio de montanha no Nepal, muito calor na Índia, risco de chuva torrencial das monções na Tailândia e no Camboja, calor em Bali, inverno nas montanhas da Nova Zelândia, calor na África e depois o verão tórrido na Europa. Certamente terei que lavar a roupa frequentemente. Além disso, tenho que carregar todo o equipamento de fotografia, o note book, os carregadores de bateria, adaptadores de tomada e os guias de viagem. Todo este volume deve caber em uma mochila e em uma mala de 20 kg. Será possível?
Eu acredito muito na minha força de vontade e na minha determinação. Mas isso pode não ser suficiente para superar os obstáculos que eu encontre na viagem. Assim, o 9º desafio é o de vencer os medos e os obstáculos que venham a me atormentar durante o percurso. Medo de ficar sozinho, medo de desanimar, medo de me perder, doenças, dores, notícias ruins, cansaço, desconforto, etc. Será que eu consigo?
O 10º desafio é o mais difícil! Como superar a saudade, que eu certamente sentirei, de todas as pessoas e coisas que eu gosto? Da minha família, dos meus amigos, da alegria do Brasil, de falar português, do nosso clima, do futebol (acho que não, pelo visto vai ser mais um ano difícil para o Palmeiras), do meu apartamento, da minha cama, de dançar forró, de comer empanadas perto de casa, da pizza na 1900, do quibe no Dib, do sushi no Koi, do café da manhã na padaria, da festa do divino em São Luiz do Paraitinga, de correr no Ibirapuera, do “inverno quentinho” em Tapiraí, do piquenique anual em Campos do Jordão, etc.
Realmente, não será fácil!