terça-feira, 3 de abril de 2007

Os mercados de Londres

(London, 04/04/2007 – 01h00) Por meio da Maria Clara, minha amiga no Brasil, eu conheci a Silvia e o Stuart na semana passada. Ela é brasileira e vive em Londres há 2 anos. Ele é inglês, de Manchester, e foi jogador de futebol. Seguindo a rotina em Londres, o happy-hour começa às 18h, e fomos ao Prince Albert, um pub aqui em Notting Hill. A cerveja é gelada, bom sinal! Em nenhum pub que conheci havia garçom, você pede diretamente no balcão. O costume daqui é que um de cada vez pague a rodada. Por influência deles mudei a minha programação do final de semana: ao invés de viajar para Warwick, ao norte de Londres, resolvi fotografar os mercados de final de semana.

No sábado fui para Portobello Road, o maior mercado de rua da cidade, perto de Notting Hill. Eu diria que de alguma forma ele me lembra a Benedito Calixto em São Paulo. As diferenças, além de ser maior, é que também vende roupas e um monte de coisas made in China........ e não vende móveis antigos, pelo menos eu não encontrei. Finalmente encontrei uma barraca de cachorro quente, salsicha da Alemanha, picante e deliciosa. Infelizmente eles não fazem com purê. O preço? Dez reais!!!!!

Procurei um lugar no qual pudesse fotografar as pessoas de uma forma discreta. O melhor local foi uma travessa da Portobello Road onde as pessoas tinham que olhar para os carros antes de atravessar, e desta forma não prestavam atenção na minha presença. Fiquei encostado em uma placa de sinalização e comecei o trabalho. Em poucos minutos fiz mais de 300 fotos, das quais selecionei umas 120. O que mais me impressionou foi a diversidade das pessoas.

Para cada foto incluí um breve comentário. Fique a vontade para concordar, discordar ou sugerir outra descrição. Clique na foto para inserir um comentário. Espero que você goste deste ensaio!
Veja em
www.flickr.com/photos/eduardofeijo/sets/72157600039367847/detail/.

Seguindo a recomendação do professor de inglês fui até a Waterloo Bridge no final da tarde. Como estava sem o tripé da máquina, fiz as fotos com pouquíssima iluminação, mas acho que o resultado ficou aceitável. No jantar experimentei pela primeira vez em Londres um restaurante libanês. Relativamente barato, a comida era muito boa. Também foi por recomendação da Silvia e do Stuart.

No domingo fui conhecer os mercados que ficam do outro lado da cidade. Comecei pela Columbia Road e o seu concorridíssimo mercado das flores. Bem freqüentado, mas é difícil caminhar entre as pessoas e os vasos espalhados pela rua.

Nesta mesma região fica o mercado da Brick Lane. Completamente diferente dos outros mercados, a maior parte dos vendedores é do sudoeste asiático (Bangladesh, Paquistão, Tailândia, pelo que eu pude perceber). O árabe é a língua corrente. É um mercado bem popular no qual se encontra de tudo por preços super baixos: alimentos, artigos de toalete, roupas, ferramentas, etc. Almocei em uma barraca de comida tailandesa. Havia 3 opções de curry: green, red e yellow. Perguntei qual era a diferença, e a mulher me explicou que green era menos picante, red um intermediário e yellow muito picante. Por precaução, pedi o intermediário.......... e mesmo assim não foi fácil enfrentar o tal do red curry...........

O terceiro mercado desta região é o Spitfal Fields, com vários ateliês e um mercado indoor muito cheio.

Continuei na direção do Tamisa, atravessei pela London Bridge e caminhei pela passagem que margeia o rio em direção a Tower Bridge (essa coisa maravilhosa que aparece na foto ao lado). Para mim é a imagem mais bonita de Londres! Passei em frente à Tower of London, um antigo castelo que irei visitar em breve. Segui até a St. Paul Cathedral e finalizei a caminhada em Covent Garden. Ufa, foi a mais longa caminhada até agora, quase 10 horas!

Entrei em uma Starbucks para me conectar à internet e para ir ao banheiro. A parte da internet eu resolvi, mas a parte do banheiro não, pois não havia nenhum disponível. Calculei que eu conseguiria agüentar até chegar em casa. Peguei o metrô e em cerca de 20 minutos estava no flat. Porém, o Sebastien estava tomando banho....... já não dava para esperar mais! Sair novamente para procurar uma alternativa não era mais possível, e o jeito foi apelar para o cesto de lixo que havia no meu quarto.............

Ontem foi o dia de cortar o cabelo. Por 2 motivos resolvi trazer uma máquina de corte na viagem: A) economia, pois um corte em Londres sai por pelo menos R$ 80,00 (que é o preço da máquina); B) conforto, pois em breve estarei em paises nos quais não tenho a menor idéia de como explicar o meu corte. Com um pouco de malabarismo é possível cortar o cabelo em 10 minutos, deixando bem curto do jeito que eu gosto.

Fiquei sabendo pelo blog que a revista Terra deste mês publicou a carta que eu enviei para a redação sobre o planejamento da viagem. O próximo desafio é conseguir publicar as fotos.............. Mas esta é uma outra história!

6 comentários:

Daniela disse...

Eduardo, suas fotos estão lindas demais!!!
Entrei aqui pra te desejar boa estadia na minha Barcelona... Espero q minhas dicas tenham ajudado alguma coisa!
Como eu queria estar aí tb... quem sabe ano que vem!
Bjão :)
Dani

Leo Mayrinck Photos disse...

Bom, massa demais as fotos das pessoas, me amarrei na ideia, quando morei em barcelona fazia isso tambem, sempre achei legal a diferenca das pessoas na europa, vi isso tambem em NY...
outra coisa que gostei foi a foto de umas placas, sou colecionador de placas de carros e adorei a foto, por falar nisso Feijo nao sei qual sua profissao mas se eu fosse vc mudaria pra fotografia vc tem um talento otimo e um olhar muito bacana, que maquina esta usando?
no mais isso, to ancioso pra ver as fotos de BARCELONA... abracao

Clarissa disse...

Edu! Suas fotos e seus comentários estão uma delícia! Adorei as Faces de Londres! Feliz Páscoa!
Bjs,
Clarissa

Anônimo disse...

Feijó,
Esta ponte (Tower Bridge) é linda demais mesmo. A foto também valorizou bastante!

Tá aproveitando bem, hein!

beijo,
Lu

Anônimo disse...

Deprê o "detalhe" da lixeira do quarto, hein!

Ronaldo Moraes disse...

Eduardo,

Descobri o seu blog através da publicação da sua carta na revista Terra. Estou adorando a idéia e passarei a acompanhar a sua viagem à partir de agora.