segunda-feira, 23 de abril de 2007

Mais um pouco sobre o Egito

(London, 23/04/2007 – 18h30) Novamente estou em Londres! É a terceira vez em menos de 2 meses. A imigração britânica já deve estar de saco cheio de mim. Eles sempre perguntam a mesma coisa: quanto tempo eu vou ficar na Inglaterra, onde vou me hospedar e pedem para ver a passagem aérea de saída. Ai eu falo da volta ao mundo e eles me liberam, sempre com um sorriso. Amanhã pela manhã tomo o vôo para Delhi, na Índia. Será o inicio da parte asiática da viagem.

Bom, mas esta postagem é para falar do Egito. Um dos pontos fortes em Luxor é observar o por do sol no Nilo. Todo dia é um espetáculo! Sem pressa, em qualquer ponto ao longo da margem do rio você consegue imagens fantásticas. Descobrimos, meio por acaso, uma lanchonete que fica atrás do Templo de Luxor, num terraço no quinto andar, com vista panorâmica. Para quem quiser conhecer, o lugar chama-se The Roof.

No último sábado contratamos um motorista para nos levar aos templos de Horus e de Kom Ombo. Em minha opinião vale mais a pena fazer o passeio desta forma do que contratar uma excursão com guias (quem me conhece sabe que eu não tenho muita paciência com excursões). E o preço é muito bom! Com isso é possível evitar os grupos de europeus com 30 ou 40 pessoas...

Uma das coisas curiosas no Egito é que os estrangeiros não podem andar de carro pelas estradas de forma independente. É obrigatório andar em comboio, acompanhados pela polícia. Na foto ao lado aparece a metralhadora do policial que estava em nosso carro. Mas não se assuste, há mais de 10 anos não acontece nenhum incidente com turistas. O governo mantém o sistema de comboio para mostrar a sua preocupação com a segurança. Afinal de contas, uma grande parte da população depende do turismo para sobreviver.

Estes templos de Horus e de Kom Ombo ficam ao sul de Luxor, umas três horas de viagem. Como é de conhecimento geral, a vida no Egito é dependente do Nilo. Desta forma, a rodovia, a ferrovia e a grande maioria das cidades ficam numa faixa estreita ao longo do rio. Sair desta faixa significa andar em pleno deserto. Pela janela do carro é fácil observar isto.

O Templo de Horus é considerado o mais preservado de todas as construções do Egito antigo. O ponto alto são os hieróglifos, que estão espalhados por todas as paredes, de cima a baixo. Uma iluminação especial valoriza os desenhos. Veja na foto ao lado que o moço não se contenta com uma única mulher. Se eu tivesse conhecimento e mais tempo gostaria de colocar uma legenda para cada um destes desenhos. Espero que a Tereza me ajude com isso...

Finalizamos o dia no Templo de Kom Ombo. Por ser distante de Luxor, não encontramos nenhum turista nas ruínas! Como era sábado, por motivos religiosos, não havia nenhum comércio aberto nas proximidades, não deu nem para almoçar... Mas foi um dos melhores passeios da viagem. Depois temos que esperar o comboio da volta, para novamente enfrentar o por do sol... Que rotina!

No ultimo dia em Luxor aproveitamos para conhecer o museu da cidade, pequeno em relação ao do Cairo mas muito bem organizado. Aproveitei para fazer algumas fotos de pessoas, dos táxis e dos caleches (esse que aparece na foto ao lado).

Se quiser conferir todas as fotos que eu fiz do balão clique em http://www.flickr.com/photos/eduardofeijo/sets/72157600126196158

Voltamos para o Cairo, novamente usando o trem noturno. Decidimos visitar a Citadel, uma fortaleza que por mais de 700 anos foi utilizada pelos governantes do Egito. Esse passeio foi muito agradável, pois dentro da Citadel não há nenhum assédio de vendedores e táxis.

Já esgotados pelo ritmo alucinante de passeios que fizemos, aproveitamos para conhecer algumas das principais mesquitas da cidade. Visitamos a Mohammed Ali, a Sultan Hassan e a An-Nasir Mohammed. Todas muito bonitas, tranqüilas e acolhedoras.


Gostei muito do Egito! Da alegria das pessoas, da fantástica história dos faraós, da beleza do Nilo, da comida, das paisagens, do passeio de balao, da sensação de segurança ao caminhar na rua, entre outras coisas. A chegada ao Cairo pode ser um pouco estressante, por isso é necessário dar um tempo no inicio da viagem para entender como as coisas funcionam. Luxor é imperdível!

E tem mais para conhecer: Alexandria, o monte Sinai, os oásis, o mar Vermelho. Exceto a passagem aérea, os custos de hospedagem, refeição e passeios são menores do que em muitas partes do Brasil. Pelo que pude perceber, não há nenhum desconforto para uma mulher viajar pelo Egito. E mais do que tudo: você tem todas as condições para organizar a sua própria viagem, sem precisar dos roteiros padronizados das agencias de turismo.

2 comentários:

Leo Mayrinck Photos disse...

Acabei de ver as fotos do Egito, muito boas, e parece ter sido legal mesmo a passagem por la, queria ter visto mais fotos do balao, mas blz..boa sorte no Nepal. cuidado com as comidas hein...abraco e boa viagem

Anônimo disse...

Oi Eduardo,

Parabéns pela viagem e pelo blog, mas se me permite uma observação, chamar essa sua trip de volta ao mundo é no minimo equivocado, afinal voce não está dando uma volta ao mundo e sim uma volta PELO mundo...

Como o Phileas Fog, Fernao de Magalhaes dentre outros nao estão aqui para lembrar, esse que vos escreve, um pacato e orgulhoso "RTW TRAVELER" modestamente faz essa pequena observação.

Grande abraço, happy travels !

PS.: Uma dica, acho sim que valeria a pena dar uma chegadinha nas praias tailandesas, voce vai ver visuais incríveis e, se der sorte, cruzar com escandinavas lindas e maravilhosas que "pra casar" :-P