sábado, 7 de abril de 2007

Londres não tem lixeiras!

(London, 04/04/2007 – 22h50) Mais do que uma vez, nas minhas caminhadas, tive dificuldade para encontrar lixeiras! O motivo é simples: depois do 11 de setembro e dos atentados ao metrô, as autoridades inglesas vivem obcecadas por segurança. Uma lixeira num local de alta concentração de pessoas pode ser considerada um facilitador para um eventual atentado. Nos aeroportos é fácil perceber esta paranóia, e no dia a dia a falta de lixeiras faz com que a cidade não fique tão limpa.

Hoje é noite de lua cheia! Acabei de fazer as malas, pois amanhã pela manhã vou para o aeroporto com destino a Barcelona. Esta foto eu tirei da janela do meu quarto!

Nos últimos três dias aproveitei para conhecer alguns museus. O primeiro que visitei foi o Tate Modern, instalado em um edifício gigantesco que já foi uma usina de energia. Embora seja um dos museus de maior sucesso em Londres, eu particularmente não gosto muito (ou não entendo muito) de arte moderna (eles chamam de arte moderna o que foi produzido a partir de 1.900).

O que mais gostei foi de uma revista editada na antiga União Soviética, a partir do final dos anos 20, na qual o regime comunista exaltava as suas realizações. As fotos são muito curiosas, mostrando locomotivas, usinas hidroelétricas, aeronaves, etc. Os russos eram fotografados de baixo para cima, o que gera uma sensação de superioridade. Aliás, tive a oportunidade de conversar com dois russos na escola, e eles me disseram que não gostam de Moscou, acham a cidade suja e poluída.

Hoje visitei o Victoria and Albert Museum, especializado em arte decorativa e design. Este sim me deixou muito impressionado! O museu reúne mais de quatro milhões de objetos coletados em várias partes do mundo. Para mim, as galerias mais interessantes são as que mostram arte em vidro, como nesta foto ao lado, e as que exibem arte islâmica, indiana, chinesa, japonesa e coreana.

Porém, há de se contestar o direito que os ingleses têm de manter estes objetos. Eles foram coletados ao longo do período em que o império britânico era a maior potência mundial. Alguns deles têm 1.000 anos, e em minha opinião, deveriam ser devolvidos para os seus paises de origem. Os ingleses alegam que eles estivessem nos seus respectivos paises o estado de conservação não seria o mesmo. Isso é questionável, pois muitos destes objetos foram preservados por séculos antes de serem “coletados” pelos britânicos.

Após deixar o museu, atravessei o Hyde Park, o Green Park e o St. James Park, que ficam um ao lado do outro, até chegar ao Buckingham Palace. Aliás, pelo menos por fora, o palácio da rainha não tem nada de especial. Infelizmente ela estava com a agenda lotada, e não foi possível um encontro pessoal.

Continuei caminhando até a Westminster Cathedral, e depois até a Westminster Abbey. A primeira é católica. Entrei e eles estavam no meio de uma missa. Deu para constatar um fato: as igrejas por aqui estão cada vez mais vazias, há muito mais turistas do que freqüentadores. A segunda é da igreja anglicana, que é dominante no país, e onde quase todos os reis e rainhas foram coroados.

No fim do dia fotografei mais uma vez o Big Ben (eu sei que já havia passado por aqui, mas eu gosto deste relógio de estimação deles). E aproveitei para clicar o London Eye.

É impressionante como o tempo passa rápido! Já completei a terceira semana da viagem. Essa vida é muito boa, eu decido os meus horários e escolho a programação. De manhã penso em fazer uma coisa, e no meio da tarde decido fazer algo completamente diferente. Essa sensação de liberdade é muito boa. A única rotina são as aulas de inglês..........

Posso dizer com segurança que já conheço bem o centro de Londres e as suas principais atrações. Deixei alguns pontos interessantes para a próxima semana, como o British Museum e a Tower of London.

Nesta semana os jornais deram algum destaque para a declaração do Hugo Chavez em prol da recuperação das ilhas Falklands (ou Malvinas) pela Argentina. Sobre o Lula não tenho visto quase nada.

Na última segunda feira eu fui dançar num lugar chamado Salsa, que fica no centro, em Leicester Square. Cheguei por volta das 20h30 e a pista já estava cheia. Na verdade, eles estavam no meio da aula, com uns 5 professores e mais do que duzentos alunos. É pra deixar com inveja qualquer escola de dança de salão no Brasil. Vários passos eu não conhecia. As aulas acabaram 21h30 e a pista foi liberada. Tocou um ritmo que eu também não conhecia chamado Batchaca (ou algo parecido). Dancei com espanholas, uma inglesa, uma polonesa e uma alemã. Fiquei impressionado com o gingado das duas últimas, que não ficam devendo nada às brasileiras!

Um comentário:

Anônimo disse...

Salve, salve!!!!
Estão demais as suas fotos, hein!
Adorei.

Finalmente os cursos de fotografia estão servindo para os amigos.

Eu estou quase saindo de "férias". Esta é minha última semana de trabalho. Imagina?!

Depois te mando fotos do Léo!

beijos,
Lu